In a recent report, UNESCO highlighted 5 glaciers on earth being irreversibly affected by climate change, with drastic consequences for the local population. Our team will climb these glaciers bringing images of the problem, and contact local population to register the impact on daily living. (pt version at: http://icecare.blogs.sapo.pt/)
29/05/2008
On track
Since I started creating the Ice Care project, I’ve been researching about climate change.
I recently came across one of the most interesting PDFs so far. The document was created by United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization and World Heritage Convention, and it’s called ‘Case Studies on Climate Change and World Heritage’.
It highlights the effects of climate change in some world heritage locations, in 5 main areas:
. glaciers
. marine biodiversity
. terrestrial biodiversity
. archeologic locations
. historical cities
‘Glaciers’ was the first thing that caught my eye.
The document highlights 5 glaciers at risk:
. Kilimanjaro National Park (United Republic of Tanzania)
. Sagarmatha National Park (Nepal)
. Huascarán National Park (Peru)
. Ilulissat Icefjord (Denmark)
. Jungfrau-Aletsch-Bietschhorn (Switzerland)
Evidently, I was very happy to realize I’m on the right track!
The other 4 glaciers might very well be Ice Care’s next destinations!
20/05/2008
Geek na engrenagem
Hoje tomei o pequeno almoço com a Nicky (aka Ana Sutcliffe) a nossa geek de serviço, como ela se auto-intitula. A verdade é que, geek ou não, é ela que tem preparado a componente científica do Ice Care. É ela que lá vai descobrindo as soluções para cada nova maluqueira que me passa pela cabeça. Hoje atirei-lhe mais uma.
A ideia do poste estava a começar a fazer-me comichão. O projecto estava cada vez mais redondinho, mas o poste ainda era uma aresta por limar. Subir 5,895 metros com um poste às costas, convenhamos que não apetece. Além disso precisávamos de autorização do parque natural para perfurar o glaciar. Finalmente monitorar um poste, a cada 6 meses, à distância, não parecia tarefa fácil – teriamos que contratar guias de montanha para subir e tirar fotografias regulares.
Surgiu-me uma nova ideia que me parece muito mais lógica. Em vez de um poste, vamos estender uma faixa simbólica à volta de um dos glaciares (ou pelo menos de uma parte). Mais fácil de transportar e não precisa de autorização do parque, porque não destroi e não é permanente.
A faixa será retirada no regresso, mas o seu significado permanecerá, desenhado sobre uma imagem de satélite, formando o perímetro do glaciar.
Com este método muito simples, as pessoas em casa, poderão ter uma ideia muito mais clara, do retrocesso do glaciar, por comparação com o perímetro inicial.
Só temos que contratar um serviço de imagens de satélite...e aqui entra a imprescindível ajuda da Nicky e do seu dispendioso Masters Project focused on the use of Satellite images for climate studies, with special emphasis on studies of impacts of climate change, pela Universidade de Southampton.
O Zé Diogo, outra peça fundamental deste puzzle de competências, teria vindo também fazer companhia se não estivesse neste momento no Alasca a escalar o McKinley. De nós os 3, tenho que admitir que eu sou o mais dispensável! Eu sou uma espécie de energia criativa que subjas a tudo, que está na base de tudo, mas que não tem nenhuma função específica na engrenagem final.
A ideia do poste estava a começar a fazer-me comichão. O projecto estava cada vez mais redondinho, mas o poste ainda era uma aresta por limar. Subir 5,895 metros com um poste às costas, convenhamos que não apetece. Além disso precisávamos de autorização do parque natural para perfurar o glaciar. Finalmente monitorar um poste, a cada 6 meses, à distância, não parecia tarefa fácil – teriamos que contratar guias de montanha para subir e tirar fotografias regulares.
Surgiu-me uma nova ideia que me parece muito mais lógica. Em vez de um poste, vamos estender uma faixa simbólica à volta de um dos glaciares (ou pelo menos de uma parte). Mais fácil de transportar e não precisa de autorização do parque, porque não destroi e não é permanente.
A faixa será retirada no regresso, mas o seu significado permanecerá, desenhado sobre uma imagem de satélite, formando o perímetro do glaciar.
Com este método muito simples, as pessoas em casa, poderão ter uma ideia muito mais clara, do retrocesso do glaciar, por comparação com o perímetro inicial.
Só temos que contratar um serviço de imagens de satélite...e aqui entra a imprescindível ajuda da Nicky e do seu dispendioso Masters Project focused on the use of Satellite images for climate studies, with special emphasis on studies of impacts of climate change, pela Universidade de Southampton.
O Zé Diogo, outra peça fundamental deste puzzle de competências, teria vindo também fazer companhia se não estivesse neste momento no Alasca a escalar o McKinley. De nós os 3, tenho que admitir que eu sou o mais dispensável! Eu sou uma espécie de energia criativa que subjas a tudo, que está na base de tudo, mas que não tem nenhuma função específica na engrenagem final.
15/05/2008
Compromisso ICE CARE
O último texto deste blog é de Janeiro. Não tenho actualizado o blog, não porque não tenha material, mas porque não tenho parado.
Por insólito que possa parecer, em Fevereiro e Março, visitei 11 cidades (Londres, Zurich, Geneve, Bern, Zagreb, Dubai, Atenas, Maputo, Madrid, Las Vegas e Nova York) em 4 continentes diferentes. Nas passagens por Portugal, sentia-me como uma baleia que vem à superficie respirar por breves instantes, para submergir de novo. A metafora não desculpa a falta de civismo ecológico das minhas horas de voo – isso é outro problema que tenho que resolver a breve prazo.
Apesar da vida de caixeiro-viajante que tenho levado, consegui ir mantendo alguns contactos, trocando opiniões, tendo ideias. Uma das ideias que tive, entre Londres e Zurich, foi a de criar uma lista de empresas que se comprometessem com o ambiente, assinando uma espécie de carta de intenções Ice Care. Neste documento as empresas deveriam comprometer-se a reduzir as suas emissões de carbono, durante os próximos anos. As reduções de todas as empresas associadas, poderiam em teoria, atrasar desaparecimento dos glaciares. Ainda que quase insignificante, alguns minutos na melhor das hipoteses, seria uma conquista, um estandarte, um pequeno embrião de mudança! A correlação dos dois factores não é linear, nem há uma relação de causalidade directa entre o comportamento de uma vintena de empresas portuguesas, com os glaciares do Kilimanjaro... mas, mais uma vez, é uma imagem com impacto. Se umas dezenas de pequenas empresas estiverem dispostas a fazer um grande esforço para manter as neves por mais 2 minutos que seja, talvez várias centenas de pessoas lhes quisessem seguir o exemplo e talvez estas falem a outras e assim, talvez, em teoria, se consiga perpetuar os glaciares para que o meu filho Manuel (que quando for grande quer fazer “xecalada comó Pai”), possa em 2030 subir o Kilimanjaro e ver os glaciares.
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